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Aplicar em Renda Fixa ou em Renda Variável?
Onde Investir?
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Todas as pessoas devem obrigatoriamente possuir um mínimo de organização e educação financeira para prosperarem em suas vidas e consolidarem seus patrimônios. A educação é o melhor, senão, o único caminho para a redução da desigualdade social no Brasil. Se todos os brasileiros tiverem acesso à educação de forma semelhante e a disposição de buscá-la terão um futuro com igualdade de oportunidades e assim poderão construir uma sociedade menos desigual.

Estudos estatísticos mostram que existe uma forte correlação entre educação e nível de renda. A busca por educação lhe auxiliará no desenvolvimento de suas habilidades financeiras e, consequentemente, no seu crescimento pessoal, além aumentar sua capacidade de gerar riqueza. Você deve investir com inteligência os rendimentos de seu trabalho, equilibrar seus gastos com um eficaz controle de orçamento, desenvolver uma cultura de poupança e dedicar tempo para aprender a investir bem o seu dinheiro e para descobrir novas oportunidades.

Esteja ciente de que o tempo é o seu maior inimigo. Quando estiver numa idade mais avançada você terá uma menor capacidade para trabalhar. A partir dos 50 anos poucos de nós conseguiremos trabalhar no mesmo ritmo de quando tínhamos 20 anos. É exatamente por isso que é a partir dos vinte que devemos começar a nos prepararmos para o horizonte dos cinquenta, ao invés de perpetuar a “curtição” dos vinte até os cinquenta, a fase em que iremos precisar de uma boa reserva de capital para vivermos bem. Investindo mais você vende dinheiro e compra tempo para melhor aproveitar sua vida.

"Eu diria que sou apenas mais um ser humano insignificante, que nasceu, viveu e morreu. Procuro fazer o melhor que posso neste mundo com os recursos que possuo e com o tempo que me resta. Nada de especial. Não tenho nada de extraordinário".
Oscar Niemayer

Qualquer indivíduo bem informado sabe que o sistema previdenciário brasileiro é um esquema em pirâmide, o qual é fadado à falência no longo prazo. A previdência brasileira é estruturada de tal forma que os trabalhadores de hoje pagam os benefícios dos aposentados de hoje na mera expectativa de que os trabalhadores de amanhã lhes repaguem quando se aposentarem.

Entretanto, em razão da população brasileira estar parando de crescer, no futuro teremos cada vez menos trabalhadores para sustentar uma quantidade cada vez maior de aposentados e pensionistas. Além disso, à medida que o déficit público cresce e a dívida do governo de aproxima de 100% do Pib, a capacidade de arrecadação e de pagamento dos benefícios pelo governo fica restrita, e até mesmo impossibilitada, em razão das despesas obrigatórias consumirem quase todo o orçamento do governo.

Por fim, o Governo estuda formas de alongar o tempo de contribuição para a aposentadoria como forma de reduzir os prejuízos causados à previdência devido à sua má gestão e corrupção governamental. E como se não bastasse, existem também diversos problemas na Previdência Privada Complementar. Fundos como o Postalis dos Correios e o Petros da Petrobras apresentam déficits severos pelos mesmos motivos e seus contribuintes e aposentados estão tendo que desembolsar mais dinheiro para cobri-los e garantirem as suas rendas no futuro.

Qualquer assalariado que seja mais inteligente e tenha um pouco mais de visão do que a maioria perceberá que trabalhará todos os melhores 30-35 anos da sua vida para receber uma aposentadoria baseada em um salário que atualmente já não cobre as suas necessidades, quanto mais daqui a 30-35 anos.

Essa aposentadoria se desvalorizará se considerarmos o modelo de gestão pública brasileira, bem como em razão da inflação e da desvalorização monetária resultantes da crescente emissão de dívida pelo governo para financiar seus crescentes gastos e da expansão excessiva do crédito, sem mencionar o fato de que essa pessoa aproveitará sua vida depois que já estiver idoso. Nada muito diferente da Lei dos Sexagenários promulgada em 1885 no Brasil que garantia liberdade aos escravos com mais de 60 anos.

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"Em 1970 o camarada se aposentava como um executivo e, 10 anos depois, já estava vivendo como um indigente. Hoje em dia, as pessoas já se aposentam como indigentes. É uma vergonha."
Luiz Barsi

A cultura na qual vivemos hoje busca obsessivamente expectativas imediatas e pouco realistas. De uma maneira geral, grande parte da população busca prazeres e satisfações imediatas seguindo impulsos e comportamentos primitivos similares aos de nossos ancestrais nômades. Consumindo tudo o que possuem e o que conseguem quase que imediatamente ficam despreparadas para o inverno, ou seja, ignoram os riscos futuros e procrastinam as resoluções dos problemas para o futuro.

Ao contrário, a atitude madura e responsável seria plantar na primavera para colher no verão e estocar para o outono/inverno, pois viverá melhor aquele que perceber a necessidade de poupar nos momentos de abundância de forma a não sofrer durante as crises.

Para os jovens poupar é acima de tudo a renúncia ao prazer de consumir, de gastar, e para muitos é a renúncia de viver a vida. Não há bom senso em nossa sociedade de consumo, desejar significa precisar. Não é raro conhecermos pessoas que ganham muito bem e que estão sempre endividadas, e após anos e anos não conseguem acumular patrimônio algum.

 

Por outro lado, há muitas pessoas que ganham pouco mas que são poupadoras e, com muito esforço, conseguem acumular um bom patrimônio com o passar dos anos. Como disse Warren Buffett, investir é abandonar o consumo agora a fim de se ter a capacidade de consumir mais em uma data posterior.

Pessoas proativas e empreendedoras acreditam que o lucro é melhor do que o salário, visto que o salário representa o dinheiro pago pelo seu trabalho, ao passo que o lucro representa o seu dinheiro trabalhando para você. Ainda assim, grande parte das pessoas só percebe as oportunidades que desperdiçaram quando já estão velhas.

Após terem trabalhado longos anos chegam à conclusão de que acumularam um pequeno patrimônio. Na maioria das vezes porque não souberam como poupar e como colocar o dinheiro para trabalhar para elas, ou seja, perderam a oportunidade de usufruir dos rendimentos dos juros, dos aluguéis e dos retornos de bons investimentos. O maior desafio de nossas vidas é termos recursos suficientes para nos mantermos com dignidade durante a velhice.

 
“Toda escolha é uma renúncia, todo crime uma sentença”.
Capital e Valor

Entenda que independente do fato de você ser autônomo ou assalariado o seu tempo é limitado. E se você só conseguir gerar dinheiro vendendo seu tempo, seu rendimento também será limitado. Daí a importância de se ter um orçamento equilibrado, de procurar sempre simplificar o seu padrão de vida e de investir bem os rendimentos do seu trabalho que forem poupados, de forma que gerem riqueza e complementem o seu patrimônio ao longo dos anos, gerando assim um ciclo contínuo de enriquecimento que lhe permitirá usufruir de uma maior liberdade de tempo, de conforto e de qualidade de vida.

O que gera riqueza e crescimento econômico sustentável é a poupança, que possibilita investimento em capital e a consequente produção de bens e serviços e a geração de renda, que por sua vez possibilita um consumo sustentável no longo prazo. Por outro lado, o consumo predominantemente através do crédito gera o endividamento e a consequente redução do consumo e do crescimento econômico no longo prazo.

Em países totalmente desenvolvidos poupar é um hábito arraigado na população. As oportunidades de investimento se multiplicam de forma espontânea em suas economias a partir do desejo de poupar da população. E esse processo é constantemente realimentado pelos intermediários financeiros, os quais buscam novas oportunidades de investimento, inclusive no exterior. Assim, nem mesmo as fronteiras representam obstáculos para a vontade de poupar e de investir.

Já em países que ainda não se desenvolveram completamente o hábito de poupar não progride, os estímulos são escassos e as oportunidades são mínimas. O que se percebe com o passar dos anos é a concentração da riqueza e a divisão da pobreza. Por isso, assim como a educação é fundamental difundir no Brasil uma cultura de poupança de longo prazo e de investimento. Entretanto, o que se percebe por parte das empresas e do governo é exatamente o contrário, o incentivo ao consumo e ao endividamento através da facilitação de empréstimos e de crédito parcelado cujos juros são altos.

 

A falta de educação financeira das famílias é aproveitada pelas instituições financeiras como oportunidade para a oferta de investimentos que rendem muito pouco ou quase nada como títulos de capitalização, poupança e fundos de renda fixa ou de renda variável com taxas administrativas muito elevadas. E para os clientes sem educação financeira e sem dinheiro, as instituições financeiras oferecem empréstimos com as maiores taxas de juros praticadas no mundo, como as que temos no cheque especial e rotativo do cartão de crédito.

Poupar é um comportamento importante para qualquer indivíduo, sendo fundamental para que um país se livre da pobreza. Se ele não poupar uma parte do que ganha jamais alcançará a sua liberdade financeira. E, além disso, é essencial tanto para este indivíduo como para toda a economia de um país também saber como investir de forma eficiente os recursos poupados, bem como evitar o endividamento excessivo procurando manter um padrão de vida compatível com a renda, o que permitirá que a riqueza acumulada seja mantida e incrementada através de investimentos, proporcionando assim mais qualidade de vida, liberdade e prosperidade.

“Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe”.
Oscar Wilde

Para as pessoas comuns, as quais não tiveram o privilégio de nascerem ricas, a riqueza é o resultado do trabalho e da poupança. A grande incoerência é que as pessoas trabalham em média 8 horas por dia (com sorte) mas não conseguem dedicar 15 minutos para acompanhar os investimentos dos resultados deste trabalho e estudar novas oportunidades. Investimentos que eventualmente poderiam lhes render mais do que o seu salário por mês. A maioria abre mão da responsabilidade e entrega o controle a terceiros, normalmente o gerente de sua conta bancária. Esse conforto pode até deixá-las menos ocupadas com as suas finanças, mas dificilmente lhes fará enriquecer.

Também é importante compreender que renda e riqueza são conceitos diferentes. A riqueza se refere ao patrimônio líquido acumulado, ou seja, à soma dos ativos de um indivíduo (imóveis, ações, terras, carros, etc) abatido os seus passivos (dívidas, financiamentos, contas, etc). A renda, por sua vez, é o fluxo de caixa, ou seja, é o total dos rendimentos recebidos por um indivíduo por mês, por ano, etc, incluindo-se alugueis, salário, dividendos, juros, etc.

Dessa forma, é possível se ter riqueza e uma baixa renda, possuir uma casa valiosa e uma pequena aposentadoria por exemplo, também é possível se ter uma alta renda e nenhuma riqueza, possuir um alto salário e ter uma alta despesa com consumo, aluguel e contas a pagar sem possuir nenhum tipo de ativo patrimonial. Logo, torna-se fundamental equilibrar essa relação entre patrimônio e renda, de forma que o crescimento de um complemente o crescimento do outro, potencializando assim o seu processo de enriquecimento ao longo do tempo.

Além disso, ao realizar um investimento é fundamental procurar otimizar três aspectos básicos: O retorno; o prazo; e a proteção. Ao avaliar um tipo de investimento deve-se, portanto, estimar sua rentabilidade, sua liquidez e o seu grau de risco. A rentabilidade é sempre diretamente relacionada ao risco, e muitas vezes também à liquidez. Por isso, mantenha-se sempre informado quanto aos rendimentos e aos riscos de seus investimentos.

A única maneira de se aprender a investir de forma eficiente é prestando contas para si mesmo. Além de gerar responsabilidade, tal disciplina lhe dará embasamento para avaliar o resultado e definir o momento certo para encerrar um investimento. Isso será a sua verdadeira independência financeira. O que por sua vez não se trata de possuir dinheiro suficiente para não precisar mais trabalhar, mas de possuir o conhecimento necessário e o discernimento para não depender de ninguém que lhe diga o que é certo fazer, onde investir e quais decisões financeiras tomar.

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"Se queres saber o valor do dinheiro, tente pedi-lo emprestado."
Benjamin Franklin

As pessoas se sentem seguras quando sabem o que vai acontecer. Segurança quer dizer ausência de excitação, de riscos, de desafio. Para aquela pessoa que tem a necessidade de se sentir em total controle de sua vida, de seu trabalho, de sua casa e, principalmente, de seu dinheiro, não se recomenda qualquer investimento de renda variável. Você deve se perguntar se tem estômago para expor seu dinheiro ao risco e às oscilações de preço, e ainda a não saber o montante que irá receber ao final do investimento. E, como disse Jim Rohn, "se você não está disposto a arriscar o incomum, você deverá se conformar com o comum.”

Se você for uma daquelas pessoas o mais recomendável é investir seu dinheiro em fundos de DI ou CDB, ou mesmo, em caderneta de poupança. Investimentos em imóveis e títulos públicos, ao contrário do que muita gente pensa, também são investimentos de renda variável, porém, cujos riscos de uma maneira geral são bem menores se comparados a investimentos no mercado de capitais. Em relação à renda fixa, o que difere os diferentes tipos de investimentos é basicamente a relação entre risco, rentabilidade e liquidez.

Investimentos de renda fixa possuem baixíssimo risco e, consequentemente, também possuem o menor potencial de rentabilidade. Em comparação, os investimentos de renda variável possuem um maior potencial de rentabilidade, caso deem certo, ao custo de uma maior exposição ao risco de darem errado.

 

Rentabilidade e risco caminham juntos por serem diretamente proporcionais, ou seja, quanto maior a rentabilidade maior deve ser o risco do investimento e vice-versa. É fundamental sempre conhecer o risco de seus investimentos e saber se este perfil de risco é adequado às suas características pessoais e às suas possibilidades financeiras. Nunca invista em algo que você não entende.

 
“Todas as oportunidades que o mercado oferece acompanham riscos.”
Capital e Valor

A liquidez por sua vez é a facilidade com que um investimento pode ser convertido em dinheiro. É uma referência ao prazo e ao custo que um investimento transforma-se em dinheiro. A liquidez é o que torna a especulação possível, já que permite que o investidor abra ou encerre uma posição a qualquer instante e próximo ao preço de mercado, pois não faltam compradores e vendedores.

É importante compreender também a relação entre o resultado esperado e o esforço aplicado. Pessoas que não têm tempo para dedicar a seus investimentos, ou seja, que não podem aplicar grandes esforços para eles, não podem esperar grandes resultados. Logo, investimentos de renda fixa e títulos públicos são mais indicados, pois para se obter lucros consistentes investindo em renda variável de forma responsável é preciso estudar e acompanhar o mercado com frequência, mesmo que apenas por alguns minutos todos os dias.

O que queremos deixar claro é: Você deve refletir se o resultado que você espera vale o esforço que você terá que fazer. Seus objetivos devem se enquadrar à sua realidade. Querer atingir um objetivo é uma coisa, poder atingi-lo é outra. A maioria das pessoas dedica mais tempo para escolher um sapato ou uma roupa do que para estudar e compreender os termos dos seguros, planos de saúde e dos investimentos que realizam. E muitos dos investimentos que fazem acabam dando errado principalmente porque utilizam opiniões ao invés de fatos e de investigação para tomarem suas decisões financeiras.

A grande contradição é que a maioria além de negligenciar o processo de se investir bem, ainda espera retornos irreais e imediatos. Aqueles que realmente querem aprender a investir bem devem focar no processo, ou seja, no estudo, no acompanhamento, na reflexão, na indagação e, finalmente, na tomada de decisão. O resultado, por sua vez, será diretamente proporcional à dedicação e virá a médio e longo prazo — a construção de patrimônio ao longo dos anos. A verdade é que a maioria das pessoas não é apaixonada pela luta, e sim pela vitória, a qual por sua vez somente poderá ser alcançada através da luta.

 
"A verdade não resulta do número de pessoas que nela a creem."
Galileu Galilei

Possuir um plano de investimento nada mais é do que realizar um esforço consciente e ordenado para aplicar o seu dinheiro. Significa pensar no melhor modo de alocar as suas poupanças em investimentos que estejam de acordo com o seu perfil de risco e com a sua disponibilidade de tempo.

 

Você deverá acompanhar os resultados e diversificar seus investimentos, buscando atender a objetivos de renda e de crescimento de patrimônio que respondam aos seus anseios pessoais. Com o decorrer do tempo, a participação nos seus investimentos dos aportes extraídos de seu salário irá gradualmente diminuir em face do gradual aumento do trabalho dos juros compostos, bem como do potencial de retorno de seus investimentos.

O que a maioria das pessoas que se auto intitulam investidores conservadores não percebe é que abrir mão de uma maior rentabilidade em razão de um maior risco na verdade é prejudicial para a conservação do seu patrimônio no longo prazo, visto que a baixa rentabilidade não vencerá a depreciação causada pela inflação e, apesar do risco da volatilidade ser baixo, ou até mesmo inexistente, a rentabilidade garantida será na verdade uma ilusão, pois apesar do patrimônio aumentar ao longo dos anos através dos juros o poder de compra na verdade diminui, seja em decorrência da inflação ou da desvalorização cambial, prejudicando o resultado de longo prazo.

Portanto, você deve definir qual o resultado que você quer, ou seja, qual rentabilidade anual você almeja. Se esta for de 10% ao ano (pequeno resultado) não há porque aplicar um grande esforço (estudar, acompanhar, etc), logo, fique com a renda fixa, títulos públicos ou debêntures. Mas se seu objetivo for uma rentabilidade superior a 10% ao ano você terá que aplicar um esforça maior, destinando parte de seu capital para a renda variável. Isso significa que você terá de estudar e acompanhar o mercado, dedicando tempo para seu dinheiro. É preciso refletir se o preço que você terá que pagar compensará o resultado almejado, ou seja, uma rentabilidade maior que 10% ao ano.

“O juro composto é a maior invenção da humanidade, pois permite uma confiável e sistemática acumulação de riqueza”.
Albert Einstein

Tendo definido o seu objetivo de rentabilidade você poderá decidir segundo as suas possibilidades se investimentos de renda variável são ou não interessantes para você. Nos mercados de ações e futuros o risco é enorme, já que além da volatilidade, o que causa grandes oscilações de preço, se lida com o imponderável. A qualquer momento os preços podem tomar um rumo contrário em função da atuação de investidores institucionais ou em razão de acontecimentos novos.

Mas por outro lado, o mercado de renda variável oferece a possibilidade de ganhos maiores do que as demais alternativas de investimento, ao custo de uma maior exposição ao risco. Os melhores fundos de investimento do mundo têm uma rentabilidade média de 20% a 30% ao ano. Bons investidores conseguem manter uma rentabilidade média anual entre 30% e 50%. Ter como objetivo uma rentabilidade maior do que essa, principalmente se você estiver iniciando nessa atividade, é uma ilusão perigosa que pode levá-lo a perder grande parte do seu capital, ou mesmo, acabar devendo dinheiro.

Em renda variável jamais se deve investir mais do que se pode perder. Uma pessoa que precisará do seu capital para pagar contas ou empréstimos no curto prazo não pode assumir riscos, pois todo o capital e a sua rentabilidade estão comprometidos. Sendo assim, não pode fazer qualquer tipo de investimento de renda variável.

Caso coloque seu capital em risco não poderá se dar ao luxo de perder, pois seu futuro estará à mercê do mercado. Seu nível de estresse será consideravelmente alto, o que fará com que perca toda a objetividade, tendendo a agir de maneira irracional e prejudicial ao seu próprio interesse. As decisões se tornarão emocionais em razão de serem influenciadas pela obrigação de se ter que ganhar porque é preciso, bem como pelas dolorosas consequências psicológicas causadas por constantes prejuízos.

“Não pense no que o mercado fará, pois você não tem controle algum sobre isso. Pense no que você vai fazer diante do inesperado”.
William Eckhardt

Quem não tem tempo para estudar e para acompanhar o mercado também não deve assumir grandes riscos em renda variável, ainda que possua capital disponível para tanto. No nosso ponto de vista o investidor deve operar de acordo com suas possibilidades no que diz respeito a tempo, capital, profissão, obrigações e responsabilidade e, acima de tudo, perfil psicológico. Ponderar sobre estes aspectos irá ajudá-lo a definir em quais mercados você irá investir e quais estratégias estará disposto a realizar na busca de seu objetivo de rentabilidade.

Para uma rentabilidade de 30% a 50% ao ano você pode comprar ações e fazer uma renda extra alugando-as, por exemplo. Contudo, haverá a necessidade de estudar o mercado e os fundamentos, além  de acompanhar a sua carteira de ações quase todos os dias, ainda que por poucos minutos.

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Para se ter uma ideia, desconsiderando a depreciação pela inflação, ao se obter uma rentabilidade líquida de 1% ao mês o capital investido será dobrado após 5 anos e 8 meses. Caso esta seja de 2% líquido ao mês será dobrado em menos de 3 anos. E, caso seja de 5% ao mês em 1 ano e 3 meses. Dobrar o capital num ano é o sonho de qualquer investidor.

 

Por mais ambicioso que possa ser, e deve ser, se existe uma maneira de realizar este sonho é especulando nos mercados de renda variável. Infelizmente, para aqueles que não estudam ou que não tem disciplina o sonho pode se tornar um pesadelo. Ao invés de aumentarem seu capital poderão perder uma parcela significativa deste, ou mesmo, todo ele.

A única maneira de se atingir tal retorno é aumentando os riscos e o trabalho. Assim, se seu objetivo for uma rentabilidade superior a 50% você deve investir uma quantidade de dinheiro que não seja de grande necessidade para você, pois para atingir tal retorno terá que expor este capital a riscos bem mais altos, seja de grandes oscilações no preço do ativo ou da alavancagem da sua posição.

Dificilmente você conseguirá isso apenas comprando ações. Será necessário buscar ativos ou estratégias com potenciais de rentabilidade muito superiores, que consequentemente irão expor seu capital a um risco maior, tal como estratégias com margem ou alavancadas, operando no mercado a termo, de opções ou de futuros, os quais necessitam acompanhamento constante e grande dedicação.

"Claro, todo mundo quer ganhar; mas nem todo mundo quer apostar, e é aí que reside uma diferença da maior importância".
Max Gunther

Assim, será preciso aplicar um grande esforço para se obter um grande resultado. E se você não sabe lidar com perdas e não estiver disposto a arriscar mais no intuito de ganhar mais, não opere derivativos!

A maioria das pessoas que entram no mercado tem a expectativa de que em pouco tempo estará sabendo operar bem e ganhando muito dinheiro. Isso ocorre principalmente com aqueles que entram no mercado durante uma forte tendência de alta, quando todas as operações acabam dando certo, afinal a tendência principal do mercado é de alta.

Isso cria nessas pessoas a sensação de que é fácil fazer dinheiro no mercado. Essa ganância de principiante as induz a operarem cada vez mais e a aumentarem a quantidade de dinheiro em cada operação, ignorando o risco e o gerenciamento do capital, afinal de contas, todo mundo está ganhando.

Tal ilusão é mantida até o momento em que a tendência do mercado virar, revelando a verdade e destruindo o capital da massa desinformada. A história se repete de tempos em tempos e faz com que muitas pessoas destruam a poupança de uma vida inteira. A grande verdade é que aprender a operar no mercado custa tempo e dinheiro.

 
“O otimista perde muito, o pessimista ganha pouco, seja realista!”
Capital e Valor

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